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Donald Trump recebe cinco presidentes africanos
A Casa Branca está a organizar um almoço diplomático de alto nível esta quarta-feira. O presidente dos EUA, Donald Trump, vai receber os chefes de Estado da Libéria, Senegal, Mauritânia, Guiné-Bissau e Gabão para uma reunião focada em questões de comércio, investimento e segurança.
De acordo com a porta-voz Karoline Leavitt, o almoço pretende fortalecer as relações entre os Estados Unidos e os cinco países africanos convidados. Embora os detalhes oficiais permaneçam limitados, várias fontes diplomáticas confirmam que o foco estará nas parcerias económicas, num contexto em que Washington dá cada vez mais prioridade ao investimento privado em detrimento da ajuda pública.
Para a Libéria, o Presidente Joseph Boakai pretende utilizar esta reunião para discutir o desenvolvimento económico, a governação e a consolidação democrática. O seu porta-voz, Kula Fofana, afirmou que o seu país deseja "já não ser apenas um recetor de ajuda", mas procurar ativamente parcerias comerciais e investidores.
Na Guiné-Bissau, a presidência conta também com esta reunião para promover a diplomacia comercial. O Presidente Umaro Sissoco Embalo descreveu a sua visita a Washington como "muito importante", sublinhando que se estava a abrir "uma grande porta económica" para o seu país. As questões de segurança, em particular o narcotráfico, também devem ser discutidas, dado que a Guiné-Bissau é uma zona de trânsito estratégica para os traficantes de droga entre a América Latina e a Europa.
O Gabão, representado por Brice Oligui Nguema, pretende destacar os seus ativos geoestratégicos. Numa recente conferência de imprensa, a presidência enfatizou o carácter "excepcional" desta visita, referindo que o Gabão é o único país da África Central convidado para este almoço. O país tem como objetivo construir sinergias em torno da industrialização da sua economia.
Em maio último, os Estados Unidos levantaram as sanções impostas ao Gabão em 2023, após as eleições realizadas em abril, nas quais Brice Clotaire Oligui Nguema foi eleito presidente com 94,85% dos votos.
Os presidentes do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, e da Mauritânia, Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani, também deverão comparecer, embora as suas comitivas se tenham mantido discretas quanto ao conteúdo da sua participação. A presença surge numa altura em que Washington pondera alargar as restrições de vistos a cerca de trinta países, incluindo o Senegal, a Mauritânia, o Gabão e a Libéria.
Este almoço presidencial faz parte de uma sequência mais vasta de aproximação económica. No final de Junho, numa cimeira em Luanda, as empresas americanas comprometeram-se a investir em vários projectos de infra-estruturas em África, demonstrando o desejo de construir relações duradouras baseadas na cooperação comercial em vez da ajuda tradicional. Esta nova direcção marca uma mudança na política dos EUA para África, na qual a lógica da parceria mutuamente benéfica parece agora prevalecer.
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