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Marrocos, um actor-chave na transição pós-guerra em Gaza
Com o cessar-fogo em Gaza agora em vigor após uma guerra devastadora que ceifou a vida a dezenas de milhares de civis e destruiu grande parte das infra-estruturas, a atenção internacional volta-se agora para a chamada fase "pós-guerra". Esta fase promete ser decisiva, marcada por múltiplos desafios, entre os quais a reconstrução e a reorganização política e de segurança do território palestiniano.
Neste contexto, Marrocos reafirmou, através de um comunicado do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, a sua total disponibilidade para "contribuir ativamente para todos os processos acordados, garantindo os direitos do povo palestiniano e apoiando a estabilidade no Médio Oriente". Esta posição confirma o desejo do Reino de desempenhar um papel construtivo na nova fase de estabilização em Gaza.
Historicamente, a política marroquina em relação à questão palestiniana tem-se caracterizado pela firmeza de princípios e pela solidariedade concreta. Sob a presidência do Rei Mohammed VI como chefe do Comité Al-Quds, Marrocos goza de particular legitimidade política e simbólica para apoiar iniciativas de paz e encorajar soluções justas e realistas.
O Reino destacou-se também durante a guerra pela entrega eficaz de ajuda humanitária a Gaza, um feito que muitos intervenientes regionais e internacionais consideraram difícil. Esta acção ilustra a capacidade de Marrocos traduzir o seu empenho político em acções concretas no terreno, mantendo uma posição equilibrada e pragmática.
Marrocos poderia, assim, desempenhar um papel central no período de transição, apoiando os esforços de reconstrução e facilitando as discussões políticas destinadas a restaurar a confiança e a relançar o processo de paz. O comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, saudando o acordo de cessar-fogo, sublinha a importância de honrar os compromissos relativos à libertação de reféns, à entrega de ajuda humanitária e ao início da reconstrução — todos passos essenciais para o regresso à estabilidade.
A diplomacia marroquina, empenhada numa abordagem multilateral, declara-se pronta a participar em qualquer iniciativa internacional aceite pelos palestinianos, seja no âmbito da reconstrução ou de futuras missões de paz sob os auspícios das Nações Unidas. Esta postura está em linha com a visão consistente do Reino: defender a causa palestiniana enquanto se trabalha pela segurança e paz regionais.
Com o início das negociações de paz, subsistem inúmeros desafios: garantir a segurança, reconstruir um território devastado e estabelecer um clima de confiança entre as partes. Marrocos, com a sua experiência diplomática e rede de alianças, parece ser um actor fundamental no apoio a esta delicada transição e na construção das bases para um futuro sustentável para Gaza e todo o Médio Oriente.