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O orgulho dos marroquinos: um legado indelével da Marcha Verde
No dia 6 de novembro de 1975, um acontecimento marcou uma viragem decisiva na história de Marrocos e da sua identidade nacional: a Marcha Verde. Esta manifestação pacífica, liderada sob a liderança do rei Hassan II, mobilizou mais de 350.000 marroquinos determinados a afirmar a sua soberania sobre o Saara Ocidental, então sob administração espanhola. Hoje, quase 50 anos depois, este acto simbólico continua a irradiar um sentimento de orgulho nacional e de unidade entre o povo marroquino.
Um ato de solidariedade e determinação
Lançada num contexto em que o Saara Ocidental era um território contestado, a Marcha Verde foi uma resposta pacífica à descolonização inacabada da região. Quando a Espanha estava à beira da retirada, o rei Hassan II propôs um plano ousado: promover uma mobilização civil pacífica em direcção ao Saara. O objectivo era claro: reivindicar a soberania marroquina sobre este território e fazer ouvir a voz do povo.
A escolha da marcha como meio de acção revela a força pacífica e a determinação dos marroquinos. Sem armas nem violência, atravessaram as dunas do deserto, agitando orgulhosamente bandeiras marroquinas e entoando hinos patrióticos. Este gesto de solidariedade ecoou em todo o mundo e obrigou a Espanha a rever a sua posição, facilitando assim a retirada das forças espanholas e abrindo caminho à integração do Saara Ocidental em Marrocos.
Um orgulho que transcende gerações
A Marcha Verde não é simplesmente um acontecimento histórico: tornou-se o símbolo de uma forte identidade nacional e de uma unidade inabalável. Todos os anos, no dia 6 de Novembro, os marroquinos reúnem-se para celebrar este feito, marcando a vitória da vontade colectiva sobre as divisões geopolíticas e os conflitos armados. O dia é uma homenagem à solidariedade nacional, um momento em que a memória coletiva está ancorada no espírito de cada geração.
Hoje, quase 50 anos depois desta mobilização, os marroquinos continuam a nutrir um sentimento de profundo orgulho. A Marcha Verde tornou-se um modelo de resiliência e determinação pacífica num mundo onde a violência e os conflitos armados parecem, muitas vezes, dominar as relações internacionais. Os jovens marroquinos, que não viveram o acontecimento, crescem com uma herança de orgulho ligada a esta página da história. Orgulham-se de saber que o seu país foi capaz de enfrentar as adversidades com calma, sabedoria e coesão.
Um legado de unidade e prosperidade
Para além da sua importância simbólica, a Marcha Verde teve profundas repercussões no desenvolvimento de Marrocos. O país investiu maciçamente na reabilitação e no desenvolvimento do Sahara. Foram construídas infra-estruturas modernas e a região registou um crescimento económico, tornando o Sahara uma componente essencial da economia marroquina. Hoje, esta região é um motor de desenvolvimento e um activo estratégico para o reino.
Mais do que uma simples conquista geográfica, a Marcha Verde permitiu a Marrocos reforçar os seus laços internos e unir os seus cidadãos em torno de valores comuns: a paz, a justiça e o respeito pelos direitos. O povo marroquino aprendeu assim a defender os seus princípios sem recorrer à violência, uma lição que ressoa hoje mais do que nunca num mundo onde os conflitos armados são omnipresentes.
O Sahara: um território do futuro
O Saara marroquino, reivindicado por Marrocos, é hoje uma região em plena transformação. O país não só consolidou a sua soberania, como também trabalhou para que fosse um modelo de desenvolvimento sustentável, investindo em projectos agrícolas, energéticos e de infra-estruturas. A Marcha Verde não foi, portanto, apenas uma vitória política, mas também abriu caminho para um futuro promissor para esta região.
Para o povo marroquino, a Marcha Verde representa a força da unidade face aos desafios. Representa um momento em que a solidariedade e a determinação permitiram forjar uma forte identidade colectiva e um território enriquecido pelos sacrifícios do passado. Hoje, Marrocos olha para o seu futuro com confiança, sabendo que a história da Marcha Verde continua a alimentar o seu orgulho e unidade nacional.