-
16:15
-
15:30
-
14:45
-
14:00
-
13:15
-
11:30
-
10:45
-
10:00
-
09:15
Siga-nos no Facebook
Qatar vai realizar cimeira árabe-islâmica de emergência após ataque israelita
Doha, a capital do Qatar, vai receber uma cimeira árabe-islâmica de emergência no próximo domingo e segunda-feira para discutir as respostas ao recente ataque israelita contra o Qatar na passada terça-feira. De acordo com a agência de notícias catariana QNA, o encontro vai reunir líderes árabes e muçulmanos para definir as ações a tomar em resposta ao ataque.
O primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, confirmou a cimeira em entrevista à CNN, afirmando que os participantes decidiriam como responder ao ataque. No entanto, o ministro realçou que o Qatar não iria solicitar aos seus parceiros regionais uma resposta específica.
Nas suas declarações, Al Thani expressou a firme posição do Qatar contra as ameaças do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmando que o seu país não toleraria tal intimidação. Acrescentou que estava a ser discutida uma resposta regional com os parceiros, na esperança de que fosse "real e capaz de pôr fim à agressão israelita".
O ministro saudou ainda a mensagem de apoio do presidente norte-americano, Donald Trump, após o ataque israelita, sublinhando a necessidade de ações concretas para conter a violência. Al Thani denunciou as ações de Netanyahu, acusando-o de violar o direito internacional e de "matar Gaza à fome", sublinhando que Netanyahu deveria ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional pelos seus crimes.
Em relação às negociações, o primeiro-ministro do Qatar criticou Netanyahu, dizendo que o líder israelita estava a "perder tempo com a mediação" e não estava a ser sério nos seus esforços. Lamentou ainda que o ataque israelita aos líderes do Hamas em Gaza tenha acabado com qualquer esperança para os reféns israelitas na Faixa de Gaza.
O ataque israelita às residências dos líderes do Hamas em Doha provocou fortes reações no mundo árabe e internacionalmente, sendo percebido como uma violação da soberania do Qatar, uma violação das leis e convenções internacionais e uma afronta a um país que desempenha um papel fundamental de mediação entre a resistência palestiniana e Israel.