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Será que a Europa vai realmente mudar a sua postura pró-Israel?

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Será que a Europa vai realmente mudar a sua postura pró-Israel?
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A maioria dos governos europeus, como o Reino Unido, a Alemanha e a França, não só fecharam os olhos à agressão israelita, como também apoiaram activamente a máquina de guerra israelita desde 7 de Outubro de 2023. Mobilizaram todos os seus recursos para apoiar os ataques israelitas, fornecendo a maior parte das armas e munições utilizadas pelas forças israelitas.

No entanto, recentemente, os mesmos governos europeus que têm apoiado e legitimado a violência e os ataques de Israel contra palestinianos inocentes começaram a alterar as suas políticas em relação à guerra genocida em Gaza. Começaram a criticar as políticas brutais de Israel contra os palestinianos que vivem em Gaza, que é o maior campo de concentração e de fome.

Parece que os governos europeus pensam que já não podem apoiar a agressão israelita. Os seus responsáveis começaram a alertar Israel para pôr fim ao bloqueio imposto à Faixa de Gaza e ao agravamento da crise humanitária na região. Chegaram mesmo a afirmar que podem impor sanções a Israel se o país continuar a usar a fome como arma. Surpreendentemente, estes Estados pró-Israel começaram a exigir que Israel cumpra as normas e princípios internacionais pertinentes e fale sobre os direitos dos palestinianos. Os seus representantes começaram a descrever a situação em Gaza como "insuportável", "indefensável" e "grave".

O que levou a esta mudança de política?

São vários os acontecimentos importantes que levaram estes governos a alterar as suas políticas. Parece que se tornou difícil encobrir os crimes cometidos por Israel em Gaza perante a comunidade internacional. O mundo inteiro tem observado como as forças israelitas atacam palestinianos inocentes e famintos que aguardam na fila para receber ajuda humanitária, que é bastante limitada. A consciência mundial quer que os governos tomem medidas punitivas contra Israel.

Em segundo lugar, a opinião pública dos países europeus tem-se tornado cada vez mais crítica em relação ao apoio dos seus governos ao genocida Israel. Apesar das duras medidas tomadas pelos governos pró-Israel, como o Reino Unido, a Alemanha e a França, contra os protestos pacíficos anti-Israel, milhões de europeus continuam a sair à rua, pedindo aos seus governos que interrompam o seu apoio a Israel e pressionem Israel para pôr fim à política de fome em massa. Parece que já se formou uma coligação humanitária universal em todos os cantos do planeta, incluindo o continente europeu. Como seria de esperar, esta coligação humanitária opõe-se às políticas pró-Israel dos respectivos governos.

Outro factor é a firme postura de alguns outros países europeus, como a Espanha, a Noruega e a Irlanda, contra os brutais ataques de Israel contra palestinianos inofensivos e indefesos, que influenciaram os governos europeus pró-Israel. Durante o primeiro semestre de 2025, os governos europeus anti-Israel convidaram outros Estados europeus a tomar medidas contra Israel pelos seus crimes, a reconhecer o Estado da Palestina e a admitir o Estado Palestiniano como membro de pleno direito das Nações Unidas.

Além disso, muitos ocidentais que estiveram em Gaza e testemunharam a brutalidade de Israel começaram a partilhar as suas experiências na Palestina. Muitos médicos, jornalistas, trabalhadores humanitários e oficiais de organizações internacionais reuniram e documentaram muitos incidentes em que as forças israelitas usam violência ilimitada contra palestinianos. O testemunho destes ocidentais influencia enormemente a opinião pública ocidental.

Até mesmo muitos jornalistas, escritores, académicos e intelectuais israelitas começaram a admitir que Israel comete genocídio em Gaza. As suas confissões influenciaram a transformação da atitude dos governos europeus. Os europeus, que têm trabalhado no terreno com propósitos humanitários, têm partilhado o que testemunharam em Gaza.

No entanto, existem várias questões importantes a responder para determinar se os Estados pró-Israel irão alterar as suas políticas em relação a Israel. Será que repetirão a retórica do chamado "direito de Israel à autodefesa" e enfatizarão a "parceria estratégica com Israel"? Será que estes Estados acabarão com a sua atitude tendenciosa em relação aos palestinianos e reconhecerão estas pessoas como seres humanos que têm o direito de viver? Conseguirão persuadir a opinião pública, que tem lido narrativas alternativas? Aceitarão estes governos que Israel violou as leis internacionais? Permitirão que as instituições internacionais tomem medidas contra Israel? Ou continuarão indiferentes à fome em massa e aos ataques contra crianças e mulheres inocentes por parte de Israel?



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