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Washington autoriza reabertura da embaixada síria
As relações diplomáticas entre Washington e Damasco sofreram um rumo inesperado. Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira a sua decisão de permitir que a Síria retome as operações na sua embaixada em Washington, uma medida de significado simbólico e político, anunciada enquanto o presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, se encontra em visita oficial aos Estados Unidos, onde foi recebido pelo presidente Donald Trump.
Segundo um responsável norte-americano que pediu o anonimato, esta decisão reflete um desejo declarado de "reforçar a coordenação na luta contra o terrorismo, na segurança e na economia". A reabertura da embaixada põe fim a um período de congelamento diplomático que durou vários anos, no meio do conflito sírio, dos confrontos regionais e das sucessivas ruturas nas relações entre Damasco e Washington.
Este anúncio marca uma mudança significativa na postura dos Estados Unidos, que vinham reduzindo gradualmente as suas relações com a Síria desde o início do conflito em 2011. Ocorre num contexto geopolítico onde os realinhamentos de alianças e as prioridades de segurança parecem estar a multiplicar-se no Médio Oriente, particularmente após os recentes ajustes diplomáticos na região.
Para Washington, a cooperação em matéria de segurança parece ser a principal alavanca para a aproximação. Num ambiente internacional marcado por tensões persistentes, especialmente face ao ressurgimento de grupos armados em certas zonas da Síria, a coordenação entre Estados tornou-se uma questão central. Para a Síria, a reabertura da embaixada oferece uma oportunidade para a reintegração gradual nos canais diplomáticos internacionais e para a restauração da legitimidade institucional, que tem sido frequentemente questionada nos últimos anos.
Embora este anúncio não signifique uma normalização completa ou imediata das relações, demonstra, no entanto, uma disposição para a abertura – cautelosa, ponderada, mas estratégica. As próximas semanas revelarão se este gesto levará a acordos concretos ou se se manterá um sinal político destinado a iniciar uma nova ronda de negociações.
A visita de Ahmed al-Charaa e a receção que recebeu em Washington confirmam que a dinâmica regional está a evoluir e que os equilíbrios diplomáticos estão a ser redefinidos.